Ser verdadeira dá resultado: o dia em que começaram a me marcar nos grupos

Raquel meus tecidos soft coloridos na sala de costura, início do trabalho com artesanato
Raquel meus tecidos soft coloridos na sala de costura, início do trabalho com artesanato

Como comecei sem saber nada de marketing, mas com muita vontade de fazer dar certo

Estava grávida, em casa o tempo todo, e com aquela vontade de fazer algo útil, criativo, que me deixasse feliz e talvez... quem sabe... ajudasse nas contas também.

Vi umas imagens na internet, daquelas fofas, com bichinhos de pelúcia. Mas pensei diferente: "E se isso fosse um tapete?"

Assim nasceu meu primeiro tapete de soft em formato de rinoceronte. Depois veio o Homem-Aranha, o Homem de Ferro, o Minion e até a Peppa Pig. Tudo bem colorido, macio e do jeitinho que eu imaginava que uma criança ia amar.

Mas esse post não é para mostrar os tapetes em si (isso deixo para outro dia!). Esse post é para contar como tudo mudou quando comecei a usar as redes sociais de forma sincera e estratégica – mesmo sem saber o que era "estratégia".


Como eu comecei a vender com postagens simples e orgânicas

Postei o primeiro tapete. Depois o segundo. Fiz um menor, para bebê. Pensei: "Se ninguém quiser comprar, eu uso pro meu filho."

Mas venderam. Um, depois o outro. E começaram os comentários:

“Faz um Homem de Ferro pra mim?”
“Tem outro da Peppa?”
“Faz por encomenda?”

Sem pagar nada em anúncios, só com publicações em grupos que tinham meus amigos da cidade, os pedidos começaram a chegar. E isso fez toda a diferença: como eu vendia para gente próxima, não tinha que me preocupar com entrega para longe.


O tal “truque” que eu nem sabia que existia

Eu nem sabia o que era SEO (Search Engine Optimization – a tal otimização para mecanismos de busca), mas sem querer, fazia algo muito valioso: reaproveitava meus posts antigos.

Exemplo? Na Páscoa, eu postava algo relacionado. Na Páscoa seguinte, em vez de fazer tudo de novo, eu editava o mesmo post, atualizava o texto e as fotos. Resultado: ele já tinha curtidas e comentários da outra vez, e isso parece que ajudava mais gente a ver o conteúdo. Como se ele crescesse cada vez mais a cada edição.

Hoje, pesquisando, descobri que sim: isso ajuda os mecanismos de busca nas redes sociais e até no Google. Um post com histórico de engajamento, atualizado com cuidado, pode sim ganhar mais destaque.


O que essa história tem a ver com você?

Se você está em casa, faz costura, bordado, crochê, pintura, ou qualquer tipo de artesanato — essa história pode ser a sua também.

Não precisa de mágica. Precisa de:

  • 📸 Fotos reais dos seus trabalhos (mesmo que simples, mas com carinho)

  • ✍️ Textos verdadeiros, que mostrem seu processo

  • 📣 Postagens em grupos certos: de preferência, onde seus amigos e clientes estão

  • 🔁 Reutilização inteligente dos seus posts (atualize e reaproveite!)


Ideias de conteúdos que funcionam bem

Quer começar e não sabe o que postar? Aqui vão algumas ideias práticas:

  • Antes e depois de um trabalho seu

  • Como você organiza seus materiais

  • Qual tecido você mais gosta e por quê

  • Tapetes infantis, toalhas personalizadas, lembrancinhas com sobras de tecido

  • Bastidores da sua produção: o filho do lado, a máquina costurando, o café do lado…

Você não precisa ser influencer. Precisa ser gente como a gente. Quem cria com amor tem muito o que compartilhar.


O blog que eu sonhava ver quando comecei

Sabe o que eu sentia falta nos blogs por aí? De ver esse tipo de relato. De encontrar alguém que dissesse:

“Sim, dá pra começar com o que você tem.”

Por isso, esse post é também um convite: compartilhe sua história. Se você faz artesanato, costura ou algo manual e quer mostrar seu trabalho, comece com o que você tem aí. A verdade abre caminho. E talvez, um dia, você também conte como começaram a te marcar nos grupos.